A influência dos eventos de moda na indústria têxtil

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Quando pensamos nas grandes passarelas de Milão, Paris ou Nova York, é comum associá-las a roupas muito conceituais, celebridades sentadas na primeira fileira e fotógrafos para todos os lados. E embora isso aconteça, a verdade é que os grandes eventos de moda exercem uma influência muito mais ampla do que parece.

O que é apresentado ali, mesmo que distante da nossa rotina, acaba orientando decisões em toda a cadeia da moda, da criação ao desenvolvimento de tecidos, tingimentos e coleções que chegam às lojas, às ruas e até aos mercados locais. Ou seja: o que acontece nas passarelas de luxo não fica só por lá.

As tendências de moda que são lançadas nesses eventos funcionam como um “norte” criativo e comercial. Elas impactam o comportamento do consumidor e provocam respostas na indústria, inclusive na base têxtil. A escolha de uma cor, de uma textura, de um caimento, muitas vezes parte de insights que nasceram nesses palcos. 

E aí na prática, mesmo quem trabalha com produções menores, malharias locais ou coleções autorais, acaba sentindo o impacto das semanas de moda. Quer saber como? Leia até o final para entender com mais profundidade!

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Da passarela à produção: como isso chega até você

O processo é mais orgânico do que parece. Quando uma tendência começa a se repetir nos desfiles, ela passa a ser estudada por birôs de pesquisa, plataformas de moda e marcas de referência. A indústria têxtil, por sua vez, se antecipa para desenvolver bases, cores, composições e acabamentos que se conectem a esse momento (e aqui está um dos papéis mais importantes dos fornecedores).

A Cores e Tons, por exemplo, acompanha de perto essas movimentações justamente para oferecer soluções alinhadas ao presente e ao futuro. Afinal, não se trata apenas de seguir uma tendência, mas de traduzir uma ideia em em estampas, processo e acabamento viáveis, ideias para malhas de qualidade, duráveis, e com performance ideal para o tipo de produto que o mercado (e o consumidor final) espera encontrar.

Isso significa pensar desde já em tonalidades que estarão em alta na próxima estação, em texturas que favoreçam determinados shapes, ou em acabamentos que ofereçam diferencial competitivo.

Quais são as principais semanas de moda?

As semanas de moda globais acontecem duas vezes por ano (primavera/verão e outono/inverno) e funcionam como o “calendário oficial” da indústria. São nelas que grandes marcas apresentam suas coleções, estilistas revelam suas leituras criativas e toda a cadeia (inclusive a têxtil) capta sinais do que virá pela frente.

As mais influentes são:

I – Nova York Fashion Week (EUA)

Organizada pelo Council of Fashion Designers of America (CFDA), costuma abrir a temporada. Conhecida por sua diversidade e apelo comercial.

🗓️ Ocorre em fevereiro e setembro.

II – London Fashion Week (Reino Unido)

Promovida pelo British Fashion Council, dá destaque à inovação, jovens designers e narrativas mais experimentais.

🗓️ Também em fevereiro e setembro.

III – Milan Fashion Week (Itália)

Referência em tradição, alfaiataria e luxo. É onde grandes nomes da moda italiana, como Prada e Dolce & Gabbana, desfilam.

🗓️ Acontece em março e setembro.

IV – Paris Fashion Week (França)

O encerramento da temporada internacional. Organizada pela Fédération de la Haute Couture et de la Mode, é considerada o ponto alto artístico das semanas.

🗓️ Em março e outubro.

V – São Paulo Fashion Week (Brasil)

Simplesmente o maior evento de moda da América Latina. Une marcas consolidadas e autorais, além de reforçar o papel do design brasileiro no cenário global.

🗓️ Geralmente ocorre em abril e novembro.

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Por que isso importa mesmo para quem não está nesses eventos?

Porque quem trabalha com moda precisa mais do que acompanhar tendências, precisa saber de onde elas vêm. É como dissemos anteriormente: as semanas de moda são como um radar do que está por vir.

Então mesmo que você não produza alta-costura ou não tenha showroom em Paris, entender o que movimenta esses eventos ajuda a enxergar o mercado com mais clareza, desde quais temas estão em alta, como as estéticas estão mudando e que tipo de demanda pode chegar até você nos próximos meses.

No fim das contas, tanto para quem cria coleções quanto para quem fornece bases e serviços para elas, é sobre traduzir referências em decisões mais certeiras. E a boa notícia é que você não precisa ser um especialista em tendências ou acompanhar todos os desfiles internacionais para se beneficiar desse movimento. 

👉 Participar de feiras locais, conversar com fornecedores atentos, acompanhar conteúdos de referência e observar o comportamento dos consumidores já é um ótimo começo!

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